tag retrospectiva literária .~*


Gente, para quem ainda não está acreditando, o fim de ano está aí! ALELUIA!!  rs Fim de ano sempre vem com aquele gostinho de renovação, de esperança. Aquela sensação de que quando o relógio marcar 00:00, tudo vai mudar pra melhor, ainda que isso muitas vezes não aconteça. 

Fim de ano, além de nos preencher com essa sensação de esperança, ainda traz aquele gostinho bom de nostalgia. De relembrar os bons momentos vividos no ano que está prestes a acabar. E, pra relembrar os melhores momentos do meu 2016, nada melhor que responder a esta TAG linda que o Douglas Santos postou no seu perfil no facebook e que eu estou dando o nome de Retrospectiva Literária porque eu não sei se já existe um nome pra ela. rs Se for de sua criação, me avise para eu dar os créditos, ok?

Bem, a TAG é simples e consiste basicamente em responder 10 perguntinhas sobre os livros que você leu em 2016. Vamos lá??!

1) O melhor livro que li este ano:

Bem, este foi um ano de muitas releituras. Foram poucos os livros que eu li realmente. E sim, me sinto envergonhada. Mas foram vários problemas no antigo emprego, mudança de trabalho e, enfim, consegui me recolocar no eixo. Só então consegui aproveitar verdadeiramente a leitura. Entre as milhares mudanças na estante, relembrei muita leitura gostosa e reli livros que queria, mas que sempre deixava pra depois. E dentre estes, Memórias de Uma Gueixa. Um super clássico e incrível do início ao fim. O melhor deste ano, sem dúvidas! Resenha aqui


2) Surpreendeu positivamente: 


Desde que surgiu a notícia de que a Andressa Urach publicaria sua biografia, eu quis ler. Nunca fui dessas leituras preconceituosas de um estilo só. Gosto de Romance, de aventura, ficção e, por que não biografias? Já li algumas e confesso que realmente gosto do gênero. E Morri Para Viver, em particular, realmente me surpreendeu. Procurei ler sem muitos preconceitos para aproveitar o máximo da leitura e pra ser honesta, gostei bastante! Resenha aqui


3) Surpreendeu negativamente: 

Ganhei esse livro da minha amiga Cyntia. E confesso, demorei uma eternidade para ler. Sempre tentava, mas a leitura não fluía. Até que esse ano eu o coloquei como prioridade na minha lista de leitura. Li. Porém, detestei. O início até que dá a impressão de que a história vai ser sensacional, mas sei lá, acho que a autora fumou alguma coisa bem forte antes de escrever, porque, sério! Não tem lógica. Do meio para o final Klone e Eu é somente uma repetição de acontecimentos que, por várias vezes, eu quase abandonei de vez a leitura. Consegui terminar, mas não valeu a pena.


4) Abandonei, mas vou dar uma chance:

Eu tô realmente chocada por não ter abandonado nenhuma leitura esse ano!!! Sério, gente! rs Confesso que eu tenho (ou tinha, não sei), um sério problema quanto a isso. Se um livro não estava bom, se a leitura não estava fluindo, eu simplesmente largava. Abandonava sem dó. Eu não tô nem acreditando. Acho que não devo estar lembrando, porque não é possível que eu tenha lido absolutamente todos os livros que eu comecei. Isso não é real! hahaha


5) Leitura difícil: 

Na verdade nem classificaria como leitura difícil, mas sim leitura chata. Não gostei, sinceramente. Este foi um que resolvi dar uma segunda chance, porque tinha lido uma vez e não tinha gostado, então resolvi ler de novo pra ter certeza. E tive certeza de que não gostei dele. Pensei por várias vezes abandonar O Alquimista, mas como é um livro relativamente pequeno, achei até covardia abandonar. rs Tentei alguns outros do Paulo Coelho e também não gostei. Assim como não gosto do Augusto Cury, acho que Paulo Coelho também é um dos escritores que não conseguirão conquistar meu coração de ariana. rs


6) Chorei: 

Simplesmente amei esse livro! E simplesmente AMO o Fabrício Carpinejar. É de longe um dos meus autores favoritos. Pela forma como toca nossos corações. Chorei em vários momentos lendo esse livro. É um livro de crônicas sobre temas aleatórios. Cada um mais lindo e emocionante que o outro. Se você ainda não leu, não conhece as obras desse gênio, por favor, procure mais sobre ele, pesquise sobre suas obras e compre qualquer uma delas. É certo que não irá se arrepender. Carpinejar escreve com a alma e Me Ajude a Chorar te ajuda a libertar todo esse sentimento que tá aí dentro do seu coração e que você tem medo de expor. Resenha aqui.


7) Divertido:


Divertido. Apaixonante. Encantador. Surpreendente! Este livro, escrito pelo meu ídolo divo  nacional Maurício Gomyde, é sensacional! Leitura muito agradável e super fácil! Impossível não se encantar pelas aventuras vividas pelos personagens, muito bem descritos, vale ressaltar. Maurício Gomyde explorou perfeitamente a amizade e o amor entre pais e filhos. Realmente um livro que valeu muito a pena ter lido. Se você ainda não conhece as obras do Maurício Gomyde, acesse www.mauriciogomyde.com e conheça mais sobre esse autor incrível! Resenha aqui.


8) Próxima leitura:



Atualmente estou lendo A Página Certa, do autor nacional e parceiro do blog, Laplace Cavalcanti (em breve teremos resenha!). Estava no meio de um capítulo quando me chegou essa perfeição! O Duque e Eu é o primeiro livro da série Os Bridgertons, romances de época da autora Julia Quinn e que prometem ser perfeitos! Pelas capas eu já percebi que são! hahaha E pelas resenhas que vi em alguns blog também. Estou mais que ansiosa para embarcar nesse novo mundo, já que não sou muito de ler romances de época. Mas, pela sinopse e pelos milhões que comentários que tenho ouvido a respeito, não vou me decepcionar!



9) Quero ler, mas ainda não tenho:



Quero esse livro! Preciso desse livro! Na verdade, preciso desse e de muitos outros, inclusive, além de A Casa das Sete Mulheres, quero muito Um Farol no Pampa, da mesma autora Letícia Wierzchowski, e continuação dessa história magnífica! Pedi esse livro pra todo mundo aqui em casa, de presente no amigo oculto que a gente sempre faz todo ano. Não me importo de já saber meu presente se já sei também que vou ama-lo! hahaha Mas, neste ano parece que vai metade da família viajar, então não sei se vou ganhar o livro. Então, deixo aí a dica pra você que ainda não escolheu meu presente de Natal, ok!? hahaha


10) Metas para 2018:

Comprar todos os livro que eu puder.
Ler o máximo que eu conseguir.
Recuperar de volta todos os emprestados.
Arrumar minha estante, que já tá precisando. rs


Bom, não vou indicar ninguém para responder a essa TAG, mas pode se sentir à vontade! Afinal, quem é que não AMA falar de livros?? <3

beijos, beijos!

Sorteio O Duque e Eu + Marcadores Diversos .~*

Quem aí gosta de sorteio, gente?? *-* Eu simplesmente AAAAMO! Apesar de quase nunca ganhar, na verdade mesmo só ganhei uma vez na vida. Mas vou tentando, sempre! rs

Então, gente, é com esse climinha lindo de nostalgia e esperança de um 2017 melhor, que anuncio o primeiro sorteio do Livros e Afetos! AEEEEEE!!!! PALMAS! PALMAS! PALMAS!!! rs


Será sorteado um exemplar do livro O Duque e Eu, da Julia Quinn + marcadores diversos! Você não pode ficar fora dessa!!

Conheça mais sobre o livro O Duque e Eu:

Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo.Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta.Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.

Vamos então pras regrinhas??

- Regras obrigatórias para participação do Sorteio de Fim de Ano: 
* Seguir publicamente o blog;
* Curtir a página no facebook;
* Se inscrever pelo formulário do Rafflecopter;
* Deixar nos comentários deste post um e-mail para contato.

* Seguir o Instagram @kelly___sb não é obrigatório, mas você ganha duas chances a mais se o fizer!

- A promoção se inicia hoje, 08 de Dezembro e se encerra dia 30 de Dezembro de 2016.  O sorteio será nesta mesma data, dia 30 de Dezembro de 2016!
 - O vencedor terá até 72 horas para retornar o contato do blog por e-mail, informando os dados para envio (obrigatório um endereço de entrega em território nacional). Não havendo resposta dentro deste período, será realizado um novo sorteio.
- O Blog Livros e Afetos será o responsável pelo envio do prêmio ao ganhador, tendo um prazo de 30 dias para enviar o livro após a confirmação do endereço pelo vencedor.
 - O resultado será divulgado no blog e na nossa Página no Facebook em até 5 dias após o término das inscrições.

ATENÇÃO! Não serão aceitos perfis fakes em qualquer uma das redes sociais participantes. O participante que se inscrever utilizando perfil fake será automaticamente desclassificado caso seja sorteado.

Para participar, utilize o formulário abaixo!

a Rafflecopter giveaway

resenha ~ Me Ajude a Chorar


Depois de títulos que refletiam momentos de sua vida pessoal, em Me ajude a chorar, Carpinejar, pela primeira vez, une textos sem um tema central. São crônicas com assuntos variados, mas com uma singularidade: a melancolia e a tristeza. Sempre, obviamente, com a ironia característica. Um livro com sentimentos. Um livro à flor do osso.   Carpinejar mostra a sua mais intensa fragilidade, provando que, na verdade, nesta terapia ou catarse literária, todos devem ser muito felizes para suportar a tristeza verdadeira.Me ajude a chorar vai emocionar o leitor de maneira única.  
Dessa vez, Fabrício não fala a respeito de separação e relacionamentos, mas de temas mais gerais, mais coletivos, que buscam focar também em tragédias mínimas e pessoais, como o caso de uma senhora que estava para perder o marido e só desejava mais uma noite de conchinha com ele. Ela trocaria tudo na vida dela por esta noite.

Sou apaixonada pelo Fabrício Carpinejar! Desde o dia em que eu assisti a uma entrevista dele no Programa do Jô, há séculos! rs Na época eu não era uma grande leitora. Ele havia, há pouco, lançado Canalha!, uma de suas grandes perfeições, e eu precisava daquele livro, precisava das obras daquele grande autor.

"Não desisto de minha alegria porque alguém não entendeu antes. Não desisto de minha ingenuidade porque alguém não me cuidou antes. Não desisto de minha coragem porque alguém se acovardou antes. Não desisto de mim porque já sofri antes. Amar é continuar sendo até acertar a companhia."

Neste livro, a emoção começa logo pela capa, que foi incrivelmente bem elaborada e transparece toda perfeição que encontraremos também no interior deste livro. Em uma obra melancólica e ao mesmo tempo doce, Fabrício Carpinejar sai do óbvio e explora o amor e a dor de forma única e inigualável.

Me Ajude a Chorar, um livro de crônicas publicado pela Editora Bertrand Brasil, escrito pelo espetacular Fabrício Carpinejar, traz dor, amor, sofrimento e muita, mas muita emoção.
Dentre os vários textos sem um tema central, Fabrício une seu talento único para escrita à sua ironia singular. Com uma fórmula dessas, impossível não dar certo!

“Beijar os olhos é ter medo de perder quem a gente quer, é ter medo da viuvez, da solidão, do abandono, de nunca mais ser feliz. Ninguém beija os olhos à toa, por distração. Beijar os olhos é uma demonstração de apego, de urgência, o equivalente a uma serenata na janela.” 
Achei de uma sagacidade fora do comum a forma como o Fabrício conseguiu desenvolver cada tema, cada história. Textos que falam da infância, da adolescência e tudo de uma maneira tão tocante que é inevitável que as lágrimas surjam nos olhos do leitor no decorrer das belas letras desse gênio.

É um livro pequeno, os textos também são pequenos e de fácil entendimento. Tranquilamente se lê em um dia, o que eu não recomendo, porque uma obra linda dessas merece ser apreciada com calma e serenidade, para que se possa extrair o máximo da emoção presente em cada um dos textos.

“Não há perda que seja total. Alguém pode me machucar terrivelmente, mas não me leva. Posso permanecer sequelado, mas sei cavar a terra por dentro da terra. Penso nos filhos, penso nos amigos, penso na literatura e sigo adiante. Cambalear ainda é caminhar. A chuva lava minha ferida e o vento seca.”

Enfim, é um livro de cabeceira, daqueles que a gente sempre volta para reler alguns trechos. É perfeição. É emoção pura. Leiam, por favor!

resenha ~ Memórias de Uma Gueixa



Memórias de uma Gueixa" é um romance fascinante, para ser lido de várias maneiras: como um mergulho na tradicional cultura japonesa, ou um romance sobre a sexualidade, e ainda, como uma descrição minuciosa da alma de uma mulher já apresentada por um homem. 

 Seu relato tem início numa vila pobre de pescadores, em 1929, onde a menina de nove anos é tirada de casa e vendida como escrava. Pouco a pouco, vamos acompanhar sua transformação pelas artes da dança e da música, do vestuário e da maquilagem; e a educação para detalhes como a maneira de servir saquê revelando apenas um ponto do lado interno do pulso - armas e mais armas para as batalhas pela atenção dos homens. Mas a Segunda Guerra Mundial força o fechamento das casas de gueixas e Sayuri vê-se forçada a se reinventar em outros termos, em outras paisagens.


Memórias de uma Gueixa, publicado em 2006 pela Editora Imago, é o envolvente romance de estreia de Arthur Golden. Com tradução feita por, ninguém menos que Lya Luft, somos transportados a uma vila de pescadores, no ano de 1929, onde uma menina é retirada de sua casa e vendida como escrava.
"Não nos tornamos gueixas para termos uma vida satisfatória, mas porque não tivemos outra escolha."
No decorrer do livro vamos acompanhando a transformação da escrava a uma das mais renomadas gueixas do Japão. Com maestria, Arthur Golden apresenta aos leitores um mundo até então desconhecido por muitos. Da arte da dança e da música, o vestuário, a maquiagem, até a educação quanto à forma de servir o saquê, não faltou nenhum detalhe a ser exposto. É um livro para se ler com calma e tranquilidade, para que não se perca nenhum dos milhões de detalhes sobre esta cultura incrível. Bem-vindo ao mundo das gueixas!

Memórias de uma Gueixa é um dos livros mais lindos que eu já tive o prazer de ler, tanto é que já reli duas vezes rs. A história inteira é fascinante do início ao fim, desde os momentos narrados sobre a infância de Chiyo e sua irmã Satsu em sua 'casinha bêbada' em Yoroido à sua mudança para Kioto onde foi 'treinada' para se tornar uma gueixa.
"- Muitos homens fingem que não perseguem mulheres só pela chance de entrar debaixo de toda essa roupa, mas você me escute bem, Sayuri: há só um tipo de homem! E já que falamos nesse assunto, aqui vai uma coisa para você lembrar: cada homem sentado aqui em algum momento esta tarde pensou em quanto gostaria de ver você nua. "
O livro possui várias 'faces', por assim dizer. Nos apresenta a vida das gueixas 'treinadas à moda antiga' no Japão durante a Segunda Guerra Mundial, é um tipo de auto-biografia (fictícia) e ao mesmo tempo um romance incrível.
"Quando caminha, uma mulher deve dar a impressão de ondas sobre um banco de areia."
O livro, antes de tudo, põe fim ao rótulo de que gueixas são prostitutas de luxo. As gueixas, na verdade, eram mulheres treinadas durante anos para entreter os homens. É fato que algumas viriam a se tornar amantes de homens casados, que ficariam conhecidos como seu 'danna' e passariam a mantê-las, mas a verdadeira função de uma gueixa era entreter homens servindo-lhes chá, com danças e música nas inúmeras Casas de Chá ou em festas ou eventos a que eram convidadas.

Acredito que o fato de a história ter sido contada em forma de um memorial fez com que o livro se tornasse ainda mais vivo para o leitor. As cenas são descritas com tanta riqueza que é impossível não se sentir nas ruas de Gion ou na primeira fila durante uma apresentação das gueixas em um teatro de Kioto.
"É por isso que sonhos podem ser coisas tão perigosas: queimam como fogo, e às vezes nos consomem completamente." 
Também é de impressionar tamanha perfeição de alguns personagens como 'Mamãe', Hatsumomo, Nobu e o Presidente. Eles são tão vivos que em certos momentos em que eu não estava lendo o livro eu me sentia como se fossem velhos conhecidos meus. 'Mamãe', com sua obsessão por dinheiro, Hatsumomo com sua arrogância e ciúmes por medo de Chiyo vir a se tornar uma gueixa mais bem sucedida que ela, Nobu, querido Nobu, que mesmo sendo um homem rude desde o primeiro momento se sentiu encantado por Sayuri, até então uma gueixa aprendiz, e o Presidente, aaah o Presidente!!! Impossível não se apaixonar por um ser como esse!

Enfim, Memórias de uma Gueixa é um lindo livro em vários sentidos. Deve ser lido não apenas como um romance, mas a fim de se conhecer um pouco mais da incrível cultura japonesa.
"Quaisquer que sejam as nossas lutas e triunfos, qualquer que seja o modo como os experimentamos, em breve todos fundem-se numa coisa só, como a tinta aguada de uma aquarela de papel."
Você já leu essa preciosidade? Deixe um comentário aqui pra gente contando o que achou! Beijos, beijos!

resenha ~ Fragmentos do Céu


Jasmine é uma menina que mora no vilarejo Pôr da Lua, um nome pouco comum. É apaixonada por livros, por histórias e por descobrir os infinitos mundos ao redor do vilarejo. Ela e seu amigo Caíque conhecem como ninguém a imensidão de histórias e seres mágicos que povoam seus corações. Porém, os amigos acabam passando por uma situação bastante delicada, a amiga deles fada Aurora, fica misteriosamente sem sua casa na árvore iluminada de flores lilás, com isso, a fada que tem uma ligação profunda com a árvore arrancada, acaba por perder sua luz característica de fada, e corre o risco de adormecer por um longo e incontável tempo.
Jasmine e Caíque amam muito sua amiga, e decidem procurar o que fica sendo a única esperança para a fada não adormecer por tão longo tempo: a primeira flor da árvore que fora arrancada. É nessa primeira flor que se encontra o primeiro lugar da árvore onde a fada jogou sua luz e fez sua ligação. 
Com essa jornada em uma busca de salvar a amiga, Jasmine e Caíque saem do seu fragmento de céu; o vilarejo Pôr da Lua; em caminhos por outros fragmentos, nessa busca para salvarem Aurora, eles descobrem amigos, como o quase mago Leonardo, os centauros do ruído verde, os dragões das três montanhas e muitos outros. Descobrem lugares, segredos, aventuras, e se veem diante de um mistério que envolve a história de um amor e de um reino que se encontra triste.

Fragmentos do Céu é o primeiro livro da fofa Gaby Soncini. Disponível para compra em versão digital no site Amazon, com uma capa singela e desenho da própria autora, este livro conta a história mágica de Jasmine e Caíque, grandes amigos amantes da literatura, que moram em um pequeno vilarejo chamado Pôr da Lua (olha que nome mais incrível!) e que partem em uma grande aventura com a intenção de ajudar a fada Aurora.

Entre seres mitológicos como fadas, gnomos, centauros e até dragões, Fragmentos do Céu é encantador desde o início e explora de forma singela e meiga o amor de família e o amor entre os amigos.
“E quando se voa lá do alto do céu.Tudo na terra se mostra como pedacinhos,Fragmentos do céu.”
Fofo! Esta é a palavra que acredito que melhor define este livro. Gaby soube muito bem colocar leveza e aventura em uma história deliciosa de ler.

Recheado de aventura e magia, mas sem perder a delicadeza, Fragmentos do céu possui uma linguagem simples e nos proporciona uma leitura muito agradável. Você sente prazer em ler e sente vontade de saber o que vai acontecer com os personagens.

Jasmine é uma menina encantadora. Doce e amorosa com todos, é uma personagem que nos deixa apaixonados! Caíque também foi super bem descrito. E a amizade dos dois é de dar inveja a qualquer um. Os outros personagens da história também são muito bem construídos, Sr. Lorenzo a mãe da Jasmine, sua avó, ai, sua avó é uma querida!
“... e a plenitude é parecida com o céu, não sei explicar a semelhança, ó sei que quando olho para o céu sinto essa sensação de ser plena, de fazer parte dele”.
Também gostei muito da forma como a autora descreveu o vilarejo Pôr da Lua. Por várias vezes me senti lá. Deu aquela nostalgia gostosa que a gente, que foi criado na roça, sempre sente quando lê coisas sobre esses lugarejos e vilas. A descrição dos lugares é excelente. Faz a gente se sentir assistindo a uma cena, como em um filme.

A única coisinha que me incomodou um pouco foi é a questão da revisão. Encontrei alguns erros de digitação. No início foram poucos, mas mais um pouco à frente, mais pro meio e final da história, eles se tornam mais frequentes e chegam a incomodar um pouco a leitura. Mas isso é coisa que se pode alterar, né? :D

Enfim, vale muito a pena ler essa história. É uma delícia pra quem gosta do gênero!
“Eu acredito nas histórias bonitas, e para elas permanecerem precisamos cuidar e compartilhar.”


Sobre a Autora Parceira do Blog

Meu nome é Gabriela, mas gosto muito de ser chamada de Gaby, e é assim que todos me chamam mesmo. Gosto de dias de chuva, de bolinhos de chuva, de histórias mágicas, de desenhar aquarelas, de natureza, animais, músicas bonitas, enfim, de coisas pequeninas e belas que fazem meu coração suspirar e ser melhor. Nesse livro, tentei colocar um pouquinho desse amor por histórias mágicas e por um mundo mágico.

Conheça mais sobre a Gaby, visite seu blog: 
www.uma-doce-melodia.blogspot.com.br
Compre o livro Fragmentos do Céu e versão digital clicando aqui!

resenha ~ Morri Para Viver

Procurei ler este livro livre de preconceitos. E foi a melhor coisa que fiz!

Livro: Morri Para Viver
Autor: Andressa Urach
Editora: Planeta
Avaliação:     
   
As confissões surpreendentes de uma das personalidades da mídia que se tornou conhecida no Brasil por suas polêmicas.

A insana obsessão por dinheiro e sucesso, a rotina no bordel onde construiu seu nome de guerra e os bastidores da vida de Andressa Urach. Está tudo descrito em Morri para viver, livro que narra a trajetória desta, que chegou a ser considerada uma das prostitutas mais caras e cobiçadas do Brasil.

Dos casos secretos com clientes milionários e famosos, empresários, cantores, jogadores de futebol, artistas, bandidos, religiosos; passando por seu vício em cirurgias plásticas (Andressa chegou a cogitar amputar os dedos, só por que não gostava do tamanho dos pés!), o livro narra a chocante e constrangedora vida que ela levou até a inacreditável experiência de quase morte no coma e a sua busca por redenção.

Biografia da modelo Andressa Urach, do coautor Douglas Tavolaro, publicado pela Editora Planeta, Morri Para Viver: Meu Submundo de Fama, Drogas e Prostituição, é o que se pode chamar de revelador e intenso. Neste livro a modelo Andressa Urach conta detalhes de sua vida desde a infância até sua escalada rumo à fama, mostrando os caminhos que percorreu em busca do corpo perfeito e da riqueza.

Desde que a notícia de que a modelo Andressa Urach havia se convertido a Cristo e que lançaria uma biografia, a internet virou de cabeça para baixo. Opiniões se formavam de todas as formas. Alguns diziam que ela apenas queria se promover ainda mais, outros acreditavam realmente em sua conversão, mas uma coisa foi unânime: todo mundo queria saber o quê teria nessa biografia que prometia ser uma das mais polêmicas do ano. E de certa forma foi.
  
Na primeira parte do livro somos apresentados ao pior momento da vida de Andresa, sua internação e coma, o longo período passado no hospital em decorrência de uma infecção adquirida após aplicações de hidrogel nas pernas.

Num segundo momento somos levados à sua infância, onde a modelo conta que foi rejeitada pelo pai e abusada, posteriormente, pelo padrasto. Andressa revela em detalhes absurdos de sua adolescência, quando viveu sem limites e em constante contato com as drogas.

A modelo também conta em seu livro as mais diversas experiências vividas após o fracasso do seu casamento. Entre prostituição, cirurgias plásticas em busca da perfeição e o envolvimento com jogadores de futebol, empresários e até criminosos de alta periculosidade em busca da fama e cada vez mais de dinheiro. 

Procurei ler este livro sem preconceitos ou opiniões já pré-estabelecidas, para que, desta forma, conseguisse realmente absorver o máximo que este tipo de leitura pode trazer de bom. No geral não leio muito biografias, mas tenho curiosidade sobre a de alguns artistas ou figuras públicas, então geralmente não acho a leitura maçante, como muitos classificam. E esse livro em particular eu li em dois dias apenas. A leitura é fácil e deixa a gente com curiosidade para saber mais da vida da Andressa a cada capítulo.

Alguns detalhes eu achei desnecessários serem expostos assim tão abertamente, como, por exemplo, uma parte em que fala sobre zoofilia. Mesmo sendo uma parte pequena do livro, não acho que isso teve muita relevância em toda sua vida, então simplesmente achei desnecessário citar.

O livro é cheio de fotos. Imagens de Andressa em todas as fases da sua vida, inclusive a fase em que ficou internada, fase que levou a modelo a se converter.

É um livro que, por incrível que pareça, traz um tema muito atual para reflexão: o excesso de cirurgias plásticas em busca da perfeição. Achei excelente a forma em que esta parte foi abordada no livro. A atriz sempre se coloca como responsável pelos seus atos, sempre se dizendo arrependida e mostrando o que de fato este excesso, que muitas vezes não é percebido pela pessoa que busca a perfeição, pode causar em sua vida. No caso da Andressa a consequência por pouco não foi a morte.

Enfim, apesar de não ser meu estilo literário favorito, foi um livro que valeu a pena. Merece quatro corações sem dor na consciência. rs
“Quem não tem o direito de começar de novo? Quem pode apontar o dedo e, se considerando perfeito, afirmar que não existe absolvição para outra pessoa? Quem pode tirar o direito de alguém de reiniciar a vida? De tentar ser um ser humano melhor? Uma mãe melhor, uma filha melhor, uma mulher melhor? Eu escolhi recomeçar”.

resenha: Surpreendente!


“Aqui começa o maior filme de todos os tempos sobre as chances que o mundo coloca na vida das pessoas. Que as lições sejam aprendidas e voltemos milhões de vezes melhores do que quando partimos. Apenas os fortes sobrevivem, porque, mesmo a estrada sendo longa, já dizia o velho poeta: “Quem tem um porquê, enfrenta qualquer como””.

   Livro: Surpreendente!


Autor: Maurício Gomyde
Editora: Intrínseca
Avaliação:     

Pedro é um cineasta recém-formado, de vinte e poucos anos, que acreditar ter uma missão maior no mundo: acredita que pode mudar as pessoas através do cinema. Considerado uma “aberração positiva da natureza”, foi diagnosticado com uma doença degenerativa que o deixaria cego em poucos anos, mas por milagre do destino, sua perda de visão não ocorre. Ele fica então com visão central de 70% e quase perda total da visão periférica.

Pedro trabalha em uma videolocadora e comanda o último cineclube da cidade de São Paulo e, após vários acontecimentos que viram sua vida de cabeça para baixo, decide partir com alguns amigos até Pirenópolis, Goiás, em busca de uma grande revelação de sua avó e também a fim de gravar um curta que traria a ele o grande prêmio Cacau de Ouro. Com câmeras de alta qualidade, quatro amigos então se jogam de cabeça nessa grande aventura.

Maurício Gomyde, também autor de outros cinco romances, é meu ídolo incondicional. Suas histórias sempre nos prendem de forma indescritível. Gostei em particular da forma como ele descreveu o personagem Pedro. Gostei da positividade dele, apesar de tantos problemas na vida.

O livro, que possui um título que se encaixa perfeitamente à história, é de leitura muito leve, simples e gostosa. Você se perde no tempo lendo esse livro. Possui várias citações de filmes, e, como em quase todos os livros do Maurício, de músicas, o que eu acho incrível!

“Acho que o cinema, a música boa e a literatura são instrumentos da Santíssima Trindade para salvar o ser humano da derrota como espécie”.

Os personagens são muito bem descritos. Do Fit, em particular, não gostei muito, achei ele meio forçado, as piadinhas, brincadeiras, enfim, mas os outros todos me deixaram encantada! É um livro que fala muito sobre a amizade e como estas amizades são capazes de transformar nossas vidas para melhor.

“Covardia: quem nunca foi arrebatado por ela? Coragem para se jogar no penhasco das incertezas e decidir que o amanhã não virá mais, quantos têm? Você pode acabar tomado pelo desejo súbito de subverter a lógica natural da ida e abreviá-la, mas se tiver amigos isso nunca acontecerá. Porque serão exatamente eles os que irão puxá-lo da beira do abismo”.

Surpreendente é um livro relativamente pequeno. A história toda se passa em apenas 265 páginas! E é fascinante ver como o Maurício soube aproveitar essas 265 páginas. Coube tanto sentimento e tantos acontecimentos, que parece ser impossível escrever uma história tão cheia de surpresas em tão poucas páginas! Como eu disse antes, é um livro Surpreendente! E merece ser lido e relido, relembrado e resenhado!

Dê uma chance a esse livro e permita que ele também te conquiste! 

henrique e os baobás .~*

Para meus irmãos Carlos Magno e Guilherme.
Obrigada por me darem de presente todos os dias o amor incondicional de vocês! 


Henrique hoje completava sete anos, mas desde que tinha três, já adorava o mundo dos livros. Sua irmã tinha o que se podia chamar de uma biblioteca em casa. Entre comprados, ganhados e trocados em sebos, tinha em seu acervo, cerca de 800 livros. Desde clássicos da literatura nacional, literatura estrangeira a uma prateleira menor, separados dos demais, os infanto-juvenis pelos quais nutria uma paixão especial.

Todos os dias, logo após o café da manhã, Henrique corria para o quarto de Ester, sua irmã. Seus dias seguiam sempre a mesma rotina: café da manhã, leitura, atividades escolares e, por fim, após o banho e um almoço feito com muito carinho pela sua mãe, se dirigia para a pequena escola da cidade onde morava.

Ao se sentar na mesinha, que Ester colocara em seu quarto especialmente para os momentos de leitura de Henrique, ele, que sempre estava ansioso momentos antes do início da leitura, já pegava o grande livro nas mãos e começava a apreciá-lo.

Quando tinha apenas três anos de idade, Ester lera para Henrique O Pequeno Príncipe pela primeira vez. Ficou encantada ao perceber como aquela história prendeu sua atenção. Ainda lembra até hoje de como ele sorria a cada parte da história e de como se emocionou ao ouvir de seu irmão de apenas três anos de idade que ser o pequeno príncipe não deveria ser ruim, porque ele conseguia fazer amigos fácil, fácil. Ester, que nesta época tinha uma versão clássica do livro, quando viu nas prateleiras da livraria do centro uma versão em pop-up deste livro tão incrível, não hesitou em compra-lo de presente para seu irmão.

Ao iniciar a história, Henrique, que já era todo sorrisos, pedia à irmã que imitasse o som dos carneiros, o que Ester sempre fazia, admirando a felicidade do irmão. Ester também modificava a voz de cada personagem, fazendo com que estes criassem vida e quase saltassem das páginas, como as imagens em três dimensões que surgiam a cada página virada do livro pop-up.

Ester havia modificado algumas coisas nos livros. Em cada imagem de carneiro, colou alguns pedaços de algodão. Nos pássaros, pequenas penas que encontrava no quintal da casa de sua avó. Nas imagens da serpente, colou lantejoulas, uma sobreposta a outra, o que deu um efeito incrível. Na rosa, com cuidado e dedicação de artista, colou pétalas secas de uma flor que havia ganhado há algum tempo de seu namorado e que havia guardado em um dos muitos livros que havia na sua biblioteca particular.

Mas o que Henrique gostava mesmo era das folhas do grande baobá que surgia imenso e majestoso na página 18! Passava longos minutos percorrendo os caminhos de cada folha seca colada por Ester naquela gigante árvore que se apresentava em sua frente todos os dias pela manhã. Sonhava um dia em subir em um baobá, mesmo tendo o Pequeno Príncipe alertado tanto pelo seu grande perigo! A parte do livro que falava dos baobás era a preferida de Henrique, sem dúvidas. Ele não acreditava muito no Pequeno Príncipe. Não aceitava a ideia de que uma árvore tão magnífica pudesse fazer tanto mal, pelo menos não no planeta Terra e, nesse momento, Henrique se sentia feliz por não morar no planeta B612, desta forma, poderia ter a chance de conviver em harmonia com os baobás.

Mais uma manhã de leitura se passou e infinitos outros dias, sempre pela manhã, Henrique voltava ao quarto de Ester e cumpria com sua rotina. O primeiro livro era sempre O Pequeno Príncipe, mas depois dele vinham outros, da Coleção Vagalume quando Henrique já tinha seus doze anos, Percy Jackson e os Olimpianos quando tinha quatorze, Crepúsculo, A Culpa é das Estrelas e a trilogia Jogos Vorazes e muitos outros quando tinha quinze e dezesseis anos. Mas nenhum desses livros se comparava ao seu favorito, que o fez se encantar pelo mundo da leitura, O Pequeno Príncipe era definitivamente o livro favorito de Henrique.

Quando Henrique fez dezessete anos, Ester, que muito havia pesquisado, queria fazer uma surpresa especial em homanagem ao anversário do seu irmão mais novo. Disse a ele que tinha um presente de aniversário, mas que, para ganhá-lo, deveria confiar inteiramente nela. Henrique não se cabia de ansiedade e excitação quando entrou num avião pela primeira vez. Ester se sentia mais que realizada. Ver Henrique feliz era motivo bastante para sua felicidade plena.

Ao aterrissarem, Henrique, que havia transformado seu sorriso ansioso para olhos arregalados de pavor e desespero durante o voo, retomou a tranquilidade. O voo foi rápido, mas esquisito, na definição dele. Pegaram um taxi e andaram por um longo caminho e Henrique, muito curioso, não parava de perguntar a Ester o que ela estava aprontando, mas ela não contou. Queria surpreender o irmão da melhor forma possível e, ao descerem do taxi, percorreram um longo caminho à pé, percorrendo ruas da cidade de Recife.

Contou a Henrique onde estavam, mas não o que ela estava prestes a mostrar ao irmão. Andaram por uma longa avenida, por onde passavam pessoas de todas as idades. Idosos, crianças, casais com seus animais de estimação. Alguns apressados, outros, tranquilos, perfeitamente à vontade àquele ambiente que Ester classificou como: intenso! Ester estava maravilhada com tudo aquilo. Como poderia existir um lugar assim, tão cheio de pessoas e ao mesmo tempo transmitir essa sensação de paz? Ela não sabia dizer, mas se morasse em Recife, certamente este seria seu lugar favorito, o Parque Capibaribe.

Enfim, chegaram ao destino. Ester deu as mãos ao seu irmão e o conduziu, com cuidado, pela grama até uma imensa árvore que se parecia mais com uma ilustração. Na verdade, era idêntica à ilustração do livro O Pequeno Príncipe. Um caule que tinha tranquilamente uns 15 metros de diâmetro e a altura! Ester nem sabia se aquela árvore poderia ser medida. Nunca tinha visto uma árvore tão imensa na vida! Os dois foram se aproximando da gigante árvore, responsável pelo nome do Jardim do Baobá, e Henrique, ao tocar a gigante raiz que se avantajava à sua frente, percebeu do que tratava o presente de Ester. Com os olhos marejados e a emoção à flor da pele, procurou pelas mãos da irmã, que o abraçou forte.

- O essencial é invisível aos olhos. – disse Henrique em meio às lágrimas que percorriam pelo seu rosto.

- A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar. – sussurrou a irmã, se emocionando mais uma vez ao perceber a felicidade do irmão.

Ali, debaixo daquele imenso baobá, passaram um dia inteiro. Riram, comeram os vários lanches que Ester havia preparado com tanta dedicação e, para não fugir da rotina, Ester leu para Henrique, mais uma vez, O Pequeno Príncipe. Mas desta vez ele não precisou reconhecer as imagens pelo tato, podia sentir a presença do majestoso e amedrontador baobá ali pertinho dele. 

Ester, durante todoos os anos, jamais teve preguiça de ler para seu irmão. Logo quando soube da notícia de que seu irmãozinho, aquele principezinho que ela via pela encubadora, provavelmente nunca seria capaz de enxergar a vida da mesma forma que ela, sabia que seria responsável por tornar sua vida mais alegre. Assumiu essa responsabilidade assim que viu o sorriso do seu irmão pela primeira vez, ainda no berçário do pequeno hospital da cidade onde moravam. Ester era a irmã por quem Henrique era mais apegado e ela seguiu sem pensar duas vezes o conselho do Pequeno Príncipe, que diz que "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Ela cativou seu irmãozinho e foi cativada por ele.

Ester cumpriu com seu destino. Passou a ser os olhos de Henrique e ele, em troca, transformou sua vida, tornando-a mais doce, serena e completa, dando-lhe de presente um dos maiores exemplos de amor verdadeiro que alguém pode ter na vida: o amor de irmão.


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